Seferis, Kavafís e Tédio
Amores,
Estou aqui com um baita livro cheio de poesias de tudo
Estou aqui com um baita livro cheio de poesias de tudo
quanto é cara
procurando uma poesia para postar
uma poesia de Boa Noite!
E nada!
Vera Malaco ficou pasma comigo
E começou a folhear o livro e a mostrar inúmeras poesias
E começou a ler
e eu
Que tédio! (Mas não contem isso pra ela. Não é de bom
tom)
Eu só pensando :
Ah, sei lá
estou cansada de tudo que já foi escrito
So não me canso de Bukowiski, Henry Miller e uns três
Mas tem horas que até eles
E então eu fico aqui nesse vazio enquanto a listinha ali do
lado vai subindo com muitos nomes
É como se todos tivessem algo pra dizer
algo pra curtir
algo pra contar
algo pra viver
mais um momento, o último
antes que esse dia acabe
e só eu
em crise existencial
Só vendo ...
"Fatima Braga comentou a foto de...
Jovem Prude compartilhou a foto...
Laila Moraes comentou a foto...
Rafael Nolli comentou a foto
Dario Banas comentou o link
Andre Pereira curtiu...
Rosângela Helena começou uma amizade com..."
nem isso eu posso mais
nem uma amizade me permitem
E eu sem nada a dizer
Nada a comentar
Nada a curtir
Nada a existir...
ACHEI o que procurava
Tô de saco cheio dessa coisa de Caio, Clarice, e outros
citados até a encheção!
de como é verde o meu vale....
Kavafís é o cara
"Por que subitamente esta inquietude?
"Por que subitamente esta inquietude?
(Que seriedade nas fisionomias!)
Por que tão rápido as ruas se esvaziam
e todos voltam para casa preocupados?
Porque é já noite, os bárbaros não vêm
e gente recém-chegada das fronteiras
diz que não há mais bárbaros.
Sem bárbaros o que será de nós?
Ah! eles eram uma solução".
Boa noite amores
Agora encontrei o que procurava
Agora encontrei o que procurava
e fecho o dia 30
com chave de ouro
"E se falo por fábulas e parábolas,
É porque assim são mais doces ao teu ouvido e porque o
terror
Não se fala, que é coisa viva,
Que é coisa muda e avança sem parar;
Goteja todo o dia, goteja durante a noite
A dor das recordações"
Seferis e EU.
Poucas são as noites de luar de que gosto
Yorgos Seferis
Uma marcha fúnebre vagueava por entre a chuva miudinha.
Como morre um homem? Estranho ninguém refletiu
nisso.
E os que pensaram nisso era como memória de crónicas
velhas
da época dos cruzados ou da - em Salamina - batalha
naval.
Todavia a morte é algo que é feito; como morre
um homem?
(Seferis)
Como morre um homem eu não sei
Mas como morre uma mulher eu sei (lailin)
.................................
Yorgos Seferis
Uma marcha fúnebre vagueava por entre a chuva miudinha.
Como morre um homem? Estranho ninguém refletiu
nisso.
E os que pensaram nisso era como memória de crónicas
velhas
da época dos cruzados ou da - em Salamina - batalha
naval.
Todavia a morte é algo que é feito; como morre
um homem?
(Seferis)
Como morre um homem eu não sei
Mas como morre uma mulher eu sei (lailin)
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