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Mostrando postagens de abril, 2012

Caminhando com as flores

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Enquanto caminhava Percebia a umidade do solo pelo brilho do verde e pelo natureza das flores Eu me debrucei e olhei a flor de perto encostada no poste  balançava-se no vento da tarde Jogo cada pensamento ao longo da rua... Que tudo o que eu acabo de pensar  se perca na confusão da fuga Eis as folhas eis as flores na terra revirada Cheiro de terra molhada cheiro de folhas pisadas No final do ano passado eu lia... Que livro? Ah, Felicidade demais de Alice Munro O ar estava calmo como hoje Por que não estar agora deitada em seus braços onde o tempo para perto de ti, em meio ao barulho do vento em meio a claridade da cidade procuraríamos ver a volúpia de nossos corpos  se saciando de prazer lençol úmido se prolongando sustentado pelo odor a

O mais longo dos dias

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Agora vou  contar historias para as crianças os adultos cansaram das minhas Hoje foi um dia chato tentei de tudo fazer com que fosse um dia legal não consegui´ Pensei até em ligar o gás e deixar vazar Mas como abandonar todo mundo nesse tormento? Se é para morrer vamos morrer todos juntos Assim, Achei melhor ir em uma loja e fazer compras Não é isso que muitos fazem? Fui em várias Todas elas não concordaram com minha compra Um guarda roupa, uma Tv, um novo celular, uma geladeira e uma máquina de lavar tudo de uma vez fiquei horas e horas esperando um tremendo de um NÂO! Enquanto esperava lia e olhava para as pessoas do meu lado Não aguentava olhar por muito tempo e Quando pensava que iria sucumbir aparecia uma mãe e uma criança do meu lado me olhando ai não tinha jeito Eu tinha que falar alguma coisa com ela E assim, sai da loja já anoitecendo  O meu mais longo dia passou e eu sobrevivi agora me deem a mão logo mais

1 de maio - Comemorar o quê?

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Comemorar...                                  Tremenda pressão para produzir mais                           Longas Jornadas Que Matam... profissionais  exaustos Lutas para sobreviver a uma feroz competição... para comer o pão   A maior parte da vida irritados, o que muitas vezes  acaba gerando reações violentas. Fadiga, melancolia, absenteísmo, crescentes  problemas de saúde e abuso de drogas ou de álcool. O que restará se lhe for tirado o trabalho? O trabalho a única maneira de manifestarem o seu  valor. A devoção ao trabalho, faz com que não se deem  conta da solidão de sua família seus filhos O lema: Trabalhe arduamente e será louvado como virtuoso O que a devoção ao trabalho causou a você como  cidadã? O que a

MENTIRA

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JÁ TORCEU PRA QUE UMA VERDADE FOSSE MENTIRA? No começo da história, tudo se baseava na verdade. Não existia deturpação de fatos, nem manipulação, nem distorção da verdade Por trás da mentira está o medo — medo das conseqüências ou do que outros possam pensar. Distorce a verdade, ainda que apenas um pouco, para encobrir falhas, esconder detalhes desagradáveis ou simplesmente para causar uma boa impressão. Começam com meias verdades e “pequenas mentiras”, depois aos poucos passando para piores. Quando mente,  acaba mentindo a si mesmo. e vive em mentira, passando a pensar que é alguém que não é e que sua vida realmente é muito melhor e mais feliz do que honestamente é.  Mlailin

Dá licença ai!??

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Dá licença ai!? Dá licença ai de interromper e agradecer Jonathan agora irá ao pediatra e não mais a um descaso que depois de um desmaio sem nenhum exame receitou ao pobre garoto, gardenal Um simples remédio Uma simples receita Dá licença ai, preciso agradecer por não ter esquecido o ontem e ainda lembrar que um jornalista foi brutalmente assassinado seu sangue ainda quente escorre pela minha tela e os efeitos da bala atingiram meu coração estou definitivamente desenganada Posso morrer a qualquer instante De direito já devia estar morta Da licença ai, preciso agradecer pela minha teimosia de ainda aparecer capengando chocada no meio do sol desenhado das flores de papel da felicidade que foi passada uma mão de cal Dá licença ai de interromper e dizer: Somos quase nada Mlailin

Nossas crianças

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Nossas crianças Se farão homens Se chamarão povo Essa criança em expansão Essa tentativa inexorável principio das dores força do homem caminho para o amanhã produção da primavera do mais fundo sofrimento do mais fundo da terra do mais duro do mais ferido Beleza pura Obra de pobres assustados flores surreais desamparados dos subúrbios   Uma dádiva do mais alto do mais eterno Mlailin

A última vez com meu pai

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Foi no mês de agosto. Dia dos pais. Mês do meu nascimento. Vou retornando e meus passos ressoam pelas escadas da estação do trem com destino a Santo Amaro. Luzia e a usurpadora me esperavam. As duas com suas fisionom ias estranhas e vestimentas que iam até o chão conversavam alguma coisa Eu no outro banco, ora olhava para elas, tentando a todo custo manter um ar amigável, ora olhava pela janela para o céu azul cheio de nuvens brancas, como agora de manhã Ora abaixava a cabeça e dizia: “Meu Deus me livra desse horror!” Ia para o hospital Vida, visitar um homem que morria Por que tinha que ser eu? Porque somente eu poderia fazer desse momento uma dádiva Não podia falar sequer pensar o que achava dessa aventureira Dois anos já se passaram em que eu estive em seu quarto deitada ao seu lado Pela última vez, sentindo sua respiração enfraquecendo passo a passo, seu corpo apodrecendo Não sei se dormi, não sei se chorei Lembro que nos meus olhos havia uma enorme claridade e eu sentia

DURA VERDADE

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Como te chama? Sorria, filha do amor para assim assinalar o teu rosto distinguir o teu olhar encontrar a tua existência  Não nos acompanhe leve a tua singela composição abandone as página do livro Desta terra que te pariu! Carrega teu filho sobre a terra sobre o mar sobre o ar Oh, mãe protetora luz do homem! Te sentes mal Te olham Te espiam Andei, tanto e de lugar em lugar que sabia assinalar o teu rosto, distinguir o teu olhar Filhos desenganados sem esperança em tua condição de abandonados Tudo muda, menos a tua face Mlailin