Liberdade



Uma poesia que não sei de quem

Mas parece ser de Paul Eluard

Se não for dele é MINHA

é sua

é de todos nós





Nos meus cadernos de aluno

Na minha carteira e nas árvores
Na areia e na neve
Escrevo o teu nome.
(…)


Nos campos do horizonte
Sobre umas asas de pássaro
Sobre o moinho das sombras
Escrevo o teu nome
(…)




Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Muito acima do silêncio
Escrevo o teu nome.
(…)




Na ausência sem desejo
Na solidão despojada
Na escadaria da morte
Escrevo o teu nome.
(…)



Sobre a saúde refeita

Sobre o perigo dissipado
Sobre a esperança esquecida
Escrevo o teu nome.
(…)





E pelo poder da palavra

Recomeço a minha vida
Nasci para te conhecer
Nasci para te nomear
Liberdade 

(Paul Eluard e EU)



A verdadeira prova de quão seguras são as garantias 


de liberdade


é tentar exercê-las onde seu ponto de vista colide com 

o da maioria ou dos que detêm o poder






“Se vós me inocentásseis neste caso, sob a condição de eu não mais expressar minha opinião nessa busca de sabedoria, e de que, se eu fosse pego fazendo novamente isso teria de morrer, diria-vos: ‘Homens de Atenas, obedecerei a Deus em vez de a vós. Enquanto eu tiver vida e energia, jamais deixarei de seguir a filosofia e de exortar e de persuadir a quem quer de vós que eu encontre. Estejam certos de que é isso o que Deus ordena . . .’ E, atenienses, devo ainda dizer: ‘Inocentem-me, ou não; saibam, porém, que jamais agirei diferente, mesmo que por isso tenha de morrer muitas vezes.’”


Filósofo grego Sócrates (470-399 AEC


A partir da Idade Média, algumas pessoas exigiam uma declaração escrita de seus direitos, limitando o controle governamental desses direitos. Assim, começaram a ser formuladas importantes cartas de direitos. Entre essas figura a Carta Magna, um marco no campo dos direitos humanos. Mais tarde surgiram a Carta de Direitos da Inglaterra (1689), a Declaração de Direitos de Virgínia (1776), a Declaração dos Direitos do Homem da França (1789) e a Carta de Direitos dos Estados Unidos (1791)


O Juiz Oliver Wendell Holmes Jr., da Suprema Corte dos EUA, afirmou a sua crença na liberdade de expressão em vários julgamentos. Descrevendo os critérios da livre expressão, ele disse: “Se existe um princípio na Constituição que mais demanda obediência, esse é o princípio da liberdade de pensamento — não a liberdade de pensamento para os que concordam conosco, mas sim a liberdade para o pensamento que odiamos.” 



Em 1957, em reconhecimento do papel exercido pela Magna Carta, a Ordem dos Advogados dos EUA erigiu em Runnymede um monumento com a inscrição: “Magna Carta — Símbolo da Liberdade Garantida por Lei"



Mlailin

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