Brilho eterno de uma mente sem lembranças, bonito nome para o titulo em inglês: Eternal Sunshine of the Spotless Mind com Jim Carrey e Kate Winslet de 2004. Estou aqui quebrando a cabeça tentando lembrar em que ano morreu Olinda. Somente assim, se eu conseguir me localizar no tempo é que poderei lembrar quando foi, em que ano ouvi falar desse filme. Olinda morava em uma travessa da Av. Paulista. Na rua Cincinato Braga. Era viúva, estava doente com câncer na região pélvica Se encontrava em estado terminal, mas naquela época nem imaginava, mas deveria pois só a palavra já dá a sentença, deadh. Morava ela e seu cunhado também viúvo, sr Giuseppe. Juntando as peças descubro que foi por volta do ano 2009 e 2010. Na época Olinda tinha duas cuidadoras, uma do dia e outra da noite. Mas ela precisava de uma terceira que ficasse com ela no hospital, não lembro mais por qual motivo, não sei se uma das cuidadoras ficou doente. Posso até mudar o ritmo da historia e dizer: Quando uma das cuidadoras de Olinda ficou doente, a sua sobrinha começou a solicitar a direção administrativa de sua fé religiosa que enviassem alguém para ficar com ela. E eu fui a escolhida. Foi muito produtivo e instrutivo cuidar daquela senhora tão educada, se vestia tão bem e sabia como ensinar com bondade. Acabei ficando na casa depois da morte de Olinda, fiquei juntamente com a outra cuidadora, cuidando do Senhor Giuseppe. Ele tinha seis netos, duas adolescentes, que eram primas sempre o visitavam. Eu ficava olhando-as quando não era vista. As duas eram muito bonitas, ficavam horas conversando, conversavam muito. Uma vez perguntei a uma delas qual era o filme da vida dela. Sentia que o bom gosto não só pelas roupas que vestiam, mas também por cultura, deveria ser dos melhores e eu não desejava ficar presa aos meus que sentia estarem ultrapassados e foi então que ouvi pela primeira vez o nome: Brilho eterno de uma mente sem lembranças. Foi a primeira vez que ouvi esse nome. Não fui logo assistir e tampouco anotei em minha agenda sobre aquele dia, aquela sala, aquela bonita garota. O nome do filme e todo o resto ficaram gravados em minha mente por 15 anos, se eu não estiver enganada. Vez ou outra vou procurar as duas no Facebook, so para comprovar que continuam lindas, agora mulheres maduras, com mais bagagens com mais esplendor.
Não fui assistir no outro dia ou no mesmo dia, sei que fui, e confesso que o filme me abalou. Fui acometida por uma angustia, era como, de alguma forma, eu estivesse na pele de um desses personagens. Mas qual deles? Na época não fiz nenhuma pergunta e muito menos anotei algo sobre o filme ou desejei saber coisas que me interessou. Ontem ao rever esse filme, foi ai que entendi o porque dos meus sintomas naquela época. Hoje entendo que não foram nada agradáveis pois eram como um gatilho que eu não soube interpretar, não aprendi a lição do filme e muito menos a moral da história. Nada. Só achei um absurdo o meio usado para o esquecimento. Fiquei chocada pois fui transportada não para a magia das cores, da poesia, e da beleza do filme, mas entrei no mundo do senhor Egas Moniz e sua descoberta da Lobotomia. Não gravei as falas de Mary, e sua citação do poema de Alexander Pope, a epistola de Heloisa e Abelardo, não percebi a mensagem do filme e o por que alguém deseja apagar outro alguém da memoria, tendo tudo para dar certo. Só lembro da frieza da personagem feminina e da dor e o choro compulsivo e desesperador do personagem masculino e a minha dor ocasionando uma nevoa que ofuscou todo o resto
Clementine procurava as lembranças ruins para justificar o término, Joel os momentos felizes que sabia não teria mais. Esse filme visto ontem com muita clareza me ajudou a entender e assimilar meus dois casamentos fracassados. É um filme que precisei assistir duas vezes, a primeira vez desabei com o impacto que causou em mim, o esquecimento era o que mais doía. Mas por que? Ontem assisti esse filme numa boa, porque aprendi, antes mesmo de ter visto o filme pela segunda vez, aprendi depois de dois casamento e um relacionamento fracassado que não precisamos sofrer para esquecer e perdoar. O tempo me fez amadurecer e uma nova forma de enxergar as coisas e a não cometer os erros de novo, de novo e de novo. Embora a sensação de perda sempre esteja presente, pois somos opostos, sujeitos a transtornos de personalidade, Joel era sem graça e sempre de mau humor e Clementine promiscua, era assim que um encarava o outro. Culpavam um ao outro pela própria infelicidade. Um relacionamento possui pontos negativos e positivos e se torna saudável quando ocorre a aceitação um do outro.
- Eu não vejo nada que eu não goste em você
- Mas vai ver. Você vai pensar nas coisas e eu vou ficar entediada com você, e eu vou me sentir presa, é o que acontece comigo
Matéria protegida pela lei dos direitos autorais numero 9.610 de 19.02.1998 Resumo : Uma viagem ao inferno manicomial. Um jovem de classe média leva uma vida comum até o dia em que o pai o interna em um manicômio depois de encontrar um cigarro de maconha em seu bolso. O fato é a gota d’agua que deflagra a tragédia na família. No manicômio Neto conhece uma realidade absurda e desumana onde os internos são devorados por um sistema corrupto e cruel. Resenha : Para entender a origem de um manicômio temos que pesquisar a história... A implantação de uma legislação referente aos doentes mentais no Brasil partiu do primeiro catedrático de psiquiatria da faculdade de medicina do Rio de Janeiro o deputado João Carlos Teixeira Brandão. Este veio a ser o relator do decreto ...
Damião, vassourinha, blá, blá, blá Você foi desprezado por muitos que diziam ser seu amigo, mas que ao te encontrarem na estrada ou em algum lugar onde existiam pessoas mais “interessantes” do que a sua triste e ao mesmo tempo engraçada figura, faziam de conta que não estavam te vendo. Naquele momento você abaixava a cabeça levemente acometido por uma leve tristeza. Não só você (por morar em uma cidade pequena, uma vila, o desprezo era algo muito nítido, muito claro, as amizades por interesses ficavam expostos à luz do sol e não da lamparina) mas, todos aqueles que não foram agraciados pelo “sucesso” eram desprezados e acabavam montando um pequeno grupo de amigos. É claro Dami, que fique bem entendido, você não tinha uma casa digna de ostentação, morava de favor em uma porta no segundo portal, e muito menos tinha um carro com tração nas quatro. Talvez esse tenha sido o motivo de sempre você estar lembrando a todos eles: “Você lembra o palhaço vassourinha do programa Raul...
Capirtulo I Segunda-Feira, 13 de janeiro, 10:59hs - Mensagem para Margarida - Bom dia. Sua casa foi poupada? Esta nela agora? Nos conseguimos entrar, eu preciso de algumas informações que talvez você possa fornecer. - Hi Ana, How are you? - Não. Tudo ficou pior do que antes. O bairro que eu amava caminhar praticamente desapareceu. Sobreviveu 20% dele. Foi muito triste. Esta sendo muito triste. Eu tinha dificuldade de me adaptar a esse pais em virtude da indiferença e de repente me vejo unida na tristeza. Mas o mundo todo esta assim e isso não é novo. Interessante que as etapas do viver cada dia se tornam pior principalmente para os lúcidos. Antes a nossa felicidade era comer, isso nos foi tirado. Depois nos apegamos ao dormir, isso também nos foi tirado. Vivemos o pesadelo de estar acordados e de dormir em constante sobressalto com os olhos arregalados. - Call me if you can Ligar para quê? - Pensou - Para ela tentar me conversar a voltar para as aulas de inglês? Para qu...
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