Hannah
- Márcia...
Nem ouvi, quem me chama de Márcia não me
representa.
Esperei alguns segundos e ouvi:
- Lai, Hannah caiu e não está conseguindo se
locomover. Você pode passar a noite com ela?
Era domingo a tarde, um frio do cão,
eu estava folgadamente e bem aquecida debaixo das
cobertas,
indecisa olhando para a minha
mais nova coleção da
folha,
pensando cá com meus botões o que iria assistir
primeiro:
Ricardo III ou Crime e castigo
e ainda tinha em mãos melancolia
e as aventuras de Pi
Tive vontade de cantar:
Daqui não saio daqui ninguém me tira
Seria ainda mais mal criada
diria em resposta
E eu com a light?
Cobaia?
Não
nem pra minha mãe
Vão ver se eu estou lá na esquina
Foram alguns minutos
quase eternos
para ouvirem minha voz
- Ok, me aguardem...
Lai desligando
E assim segui para as proximidades do Ibirapuera
Hannah mora em uma daquelas casas
antigas com
janelas enormes
portas que mais parecem do reino de Nabonido,
e a mobília da casa era
da época da independência
e pó
muito pó
em toda a casa
sorte ou azar
tão acostumada ao pó e ao acaro
dos livros...
...Continua mais tarde
Encontrei Hannah sentada em um antigo sofá
Quando me viu disse: -
Quando me viu disse: -
Ah, é você que eles pediram pra vir!
Sim era eu
Tinha uma senhora sentada na cadeira próxima a ela
com o passar dos minutos e as apresentações
soube que era sua sobrinha
Hannah nunca casou
Conversamos ainda sobre onde ela dormiria
O problema não era onde ela dormiria
Mas onde eu respiraria no meio daquele pó cronico
eu e minha tosse alérgica
Primeira coisa que fiz
Um balde e um pano com lisoform
deslizando no quarto de hospede
depois no corredor
e na cozinha
Hannah quando viu o que eu fazia
começou a tomar gosto pela coisa
e perguntou se eu não iria passar o pano na sala
e em seu quarto
Eu só não furei seus olhos
porque os nazistas já fizeram isso
na segunda guerra
quando ela se recusou a saudar o Fuhrer
Estávamos agora em uma guerra
Não a mesma da segunda guerra
Tampouco aquela guerra travada
com o vampiro de Pirapetinga
Não vamos confundir essa guerra de Hannah
com ciladas
Tão ao gosto de despostas e de golpistas
Sim era eu
Tinha uma senhora sentada na cadeira próxima a ela
com o passar dos minutos e as apresentações
soube que era sua sobrinha
Hannah nunca casou
Conversamos ainda sobre onde ela dormiria
O problema não era onde ela dormiria
Mas onde eu respiraria no meio daquele pó cronico
eu e minha tosse alérgica
Primeira coisa que fiz
Um balde e um pano com lisoform
deslizando no quarto de hospede
depois no corredor
e na cozinha
Hannah quando viu o que eu fazia
começou a tomar gosto pela coisa
e perguntou se eu não iria passar o pano na sala
e em seu quarto
Eu só não furei seus olhos
porque os nazistas já fizeram isso
na segunda guerra
quando ela se recusou a saudar o Fuhrer
Estávamos agora em uma guerra
Não a mesma da segunda guerra
Tampouco aquela guerra travada
com o vampiro de Pirapetinga
Não vamos confundir essa guerra de Hannah
com ciladas
Tão ao gosto de despostas e de golpistas
estelionatários
Continuo daqui a pouco...
Continuo daqui a pouco...
Amados
Não se deixam enganar
com tiranos e golpistas
cujas armas são
frases de caminhão:
"Foi você quem criou expectativas"
Amados
Não esqueçam
somos responsáveis por aquilo que cativamos
tomem cuidado com a banalização do mal
tomem cuidado
com os que enviam seus anjos
com a seguinte mensagem:
"Mandei um anjo pra cuidar de vc...
com 3 dias ele voltou pelado, tatuado, com uma asa quebrada,
um brinco na orelha, 1 skol na mão, uma garrafa de big aplle
em baixo do braço,
bebado cantando..
-> ah lek lek lek lek... girando girando pro lado girando
girando pro outro ah lelek lek
Pra completa me disse: gente boa dmais, mas putz'
ja e caso perdido
15 de agosto às 18:35 · Curtir · 2"
Amados corram disso
Isso não é um anjo isso é um
demônio
Hannah, havia me dito sobre eles
como agem
Hannah havia dito: quer aprender na prática
então siga
compre a passagem e vá
para Pirapetinga
Ah Hannah!
mulher experiente
mulher discreta
silenciosa
uma verdadeira judia
quando diz que não enxerga
ouço-a chamando minha atenção por causa
de uma camisa que eu embolei
nos guardados longe de sua vista.
E diz que não enxerga....
Marcia Mesquita
Comentários
Portugueses falidos pousam aqui no Brasil, a procura de mulheres e de dinheiro. De olho nas economias das pobres viuvas...
Em dupla...
Se aliam a uma estelionatária e ficam os dois a mexerem os pauzinhos e a matar galinhas pretas depois acrescentam farofas pimenta pinga, maconha e ficam gritando em volta disso nas encruzilhadas... reais ou virtuais
Adoram noites enluaradas
é quando uivam um para o outro