Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Fiqueiró dos Vinhos - Face a face com o triangulo das Bermudas português




Seria bom que cada português fizesse uma visita ao triangulo português das Bermudas: Castanheira de Pera, Pedrógão Grande e Figueiró dos Vinhos. Uma parte daquela multidão que esteve na festança do São João já seria de bom tamanho, mas não, afinal fazer festas é preciso.
Escolhi o melhor meio com os moradores da região.
Fui de auto carro. Nessa viagem fui conhecendo os moradores. Uma de Sertã, outra de Castelo Branco e uma de Figueiró dos Vinhos que viu o fogo na frente da sua casa, separado pela estrada.
Falar do terror e da angústia dessas senhoras, já foi filmado e dito até a exaustão pelos meios de comunicações.


O que me deixou impressionada além da perda de vidas, de casas... de tudo e restou o nada, foi o tamanho da “floresta”. Quando o autocarro começou e a deixar Coimbra, o tamanho da queimada é impressionante, quase a viagem toda... Fiquei olhando pela janela do condutor de olhos estáticos... Pensando... Isso não termina. E o que se vê? Restos do que foi uma empresa uma plantação de papel ou eucaliptos. O fogo ainda deixou muitos em forma de carvão mas em pé, em ordem um atrás do outro... Fiquei encucada (confusa) e em casa fui procurar o significado de “floresta”, porque aquilo ali que eu via era uma aberração e nunca uma floresta e o dicionário me explicou o que era aquilo. Diz: A definição comum de floresta é qualquer grande área de terra coberta de árvores ou outra vegetação que produza madeira, onde as copas se tocam formando um "teto" verde. Mata, mato, bosque, capoeira e selva são alguns dos nomes populares dados à floresta.

Elas podem ser classificadas como: naturais ou plantadas, homogêneas, primárias ou secundárias e ripárias. Serão naturais quando se encontrarem no seu estado original, sem intervenção humana. As plantadas são aquelas intencionalmente produzidas pelo ser humano para atingir um objetivo específico. Pronto é isso. Aquela coisa ali na minha frente é: Intencionalmente produzida pelo ser humano para atingir um objetivo especifico. Ou seja, florestas são derrubadas e substituídas por plantas que crescem rápido e dão lucro.


Como é difícil agora chegarem a soluções, não estavam preparados para isso. Ou estavam e fecharam seus lindos olhos $* *$. Não é fácil fazer com que vários destes se sentem à mesa de soluções, e mesmo então não é fácil conseguirem chegar a um consenso quanto a como lidar com questões ambientais. Mesmo quando se chegam a soluções, algumas das partes esquece logo mais. Outros acham difícil fazer cumprir esses acordos. Em certos casos, o governo ou as companhias acham que não têm condições de assumir as despesas envolvidas no processo de restauração do que foi destruído. O problema todo é, pura e simplesmente, a GANÃNCIA — corporações poderosas pressionam os governos para que não sejam tomadas medidas que reduziriam seus lucros. 


É bem sabido que muitas empresas, companhias e governos só querem explorar os recursos naturais ao máximo, sem se importar com as consequências, agora a curtíssimo prazo.

Marcia Lailin Mesquita


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